
primeiramente batizada Terras Altas do Sapucaí, foi impulsionado pelo bandeirismo e a mineração. Acreditava-se que a região ocultava uma grande oportunidade para a extração de ouro, o que foi o principal atrativo para a vinda dos sertanistas da região. Com o declínio da exploração do ouro, os desbravadores foram percebendo a riqueza do solo das Terras Altas do Sapucaí - assim, o cultivo do fumo, da cana-de-açúcar e do café foi possibilitando o crescimento do lugarejo que, após ter sido elevado à categoria de Freguesia, no ano de 1832, passou à Vila, em 1858, e quase uma década depois, tornou-se Cidade pela Lei nº 48, finalmente tornando-se Estância Climática em 26 de janeiro de 1967.


As pedras que formam o complexo do Baú são visitadas por um grande número de turistas e também por escaladores profissionais e amadores. Durante os meses de Maio a Setembro a região oferece um clima excelente para a prática da escalada em rocha e uma infinidade de vias.




O acesso por estradas à Pedra do Baú pode ser feito tanto via Campos do Jordão como por São Bento do Sapucaí, sendo o caminho hoje todo pavimentado, à exceção dos últimos 4 km de estrada de terra.


Localiza-se a Pedra do Baú nos limites territoriais de São Bento do Sapucaí, porém vista daquele município, ela é estreita; olhada de Sapucaí-Mirim tem o contorno de uma lasca de pedra; de Pouso Alegre é chata e larga, e vista de Campos do Jordão é linda, ampla, parecendo realmente um baú de pedra compacta.
Antigamente, a exuberante pedra granítica era chamada Pedra do Embaú, que em tupi-guarani significa "vigia".
Uma lenda sobre a Pedra do Baú conta que, há muitos séculos, três irmãos viviam em um lugar desabitado, em meio à mata virgem, na Serra da Mantiqueira, mantendo um perfeito estado de pureza.
"Silvané, exemplo de beleza e exuberância feminina e Ana, apelidada de Ana Chata, por sua feiúra e rusticidade, testemunharam o sacrifício de seu irmão mais velho, Monte Barão".
Diante da sensualidade de Silvané, Monte Barão ficou seduzido, apaixonando-se pela irmã.
Em determinada noite, Monte Barão pensou muito sobre sua estranha paixão e no dia seguinte confessou os seus sentimentos a Silvané. Tentou beijá-la.
O castigo, porém, não tardou a vir: os três 'irmãos sofreram incrível metamorfose e se transformaram em pedra.
Quando o sol voltou a brilhar, a paisagem era outra. Silvané conservou a sua beleza numa delgada pedra. Ana também, conservando a sua forma, passou a ser um rochedo chato e mais baixo, e Monte Barão preservou o seu amor, permanecendo ligado a Silvané, para toda a eternidade, em forma de pedra.
Em 1943, no final da construção do Hotel Toriba, em Campos do Jordão, construído por, Ernesto Diederichsen, o famoso empreiteiro Floriano Pinheiro, que construía o Hotel, apresentou a ele o humilde pedreiro, Antonio Cortez que havia acabado de subir a Pedra do Báu, até então nunca escalada. Era plena Segunda Guerra, Ernesto ficou muito entusiasmado, aos ter sido levado pelo Antonio, para também escalar a Pedra, que resolveu comprá-la, com idéia de fazer uma escada, e mais tarde, lá em cima, um abrigo, do tipo dos que existiam no Alpes da Suíça, País onde havia estudado.
Antônio Cortez foi o primeiro a subir e correr sobre a pedra, de ponta a ponta. Ele contava como isso aconteceu: levou onze anos tentando atingir o alto da pedra; costumava caçar nas matas adjacentes e procurava um meio de satisfazer a sua curiosidade: ver o que havia lá em cima, pois ouvira muitas estórias, entre as quais uma que despertou o seu interesse".
Falava-se no "tesouro dos índios", que no passado habitaram a região, e que o esconderam numa gruta, no alto da pedra, e o "tesouro" tornou-se uma obsessão para ele. Uma noite, Antônio Cortez sonhou que estava próximo à pedra, e uma personagem desconhecida indicou-lhe o lugar onde ele poderia subir.
Acordou sobressaltado. Eram três horas da manhã. Chamou o irmão e ambos seguiram para a pedra.
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criador da escalada da
Pedra do Baú,sr Cortez
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Lá chegando, Cortez logo identificou o local indicado no sonho e iniciou a escalada.
Quando os primeiros raios de Sol iluminaram a pedra, os lavradores da redondeza viram um homem correndo no alto da pedra.
Chegaram a pensar que se tratava do próprio diabo em forma de gente, pois jamais alguém havia realizado tal façanha. Não foi encontrado nenhum tesouro, mas Cortez ganhou algum dinheiro quando foi encarregado de construir as escadas que tornariam possível a qualquer pessoa o acesso à lendária Pedra do Baú.

Floriano disse: "Orientamos os serviços de implantação das escadas e também a construção da casa, no alto da pedra; a casa era de tijolos, o telhado era de cobre e a moradia era servida de água, pois, instalamos compartimentos para receber e reservar a água das chuvas".
Contou o velho português que foi Luís Dumont Villares quem financiou a construção da escada que deu acesso à Pedra do Baú, e bem mais ainda, à casa que também no topo da pedra foi construída.



O abrigo era considerado extremamente moderno para sua época, com pára-raios, sistemas de captação e tratamento de água (a água já utilizada era reaproveitada no banheiro), além de 21 camas de campanha, cozinha, uma lareira e até alguns utensílios de cozinha.O abrigo foi inaugurado em 12 de janeiro de 1947. No sino de bronze que ficava na frente do abrigo estava a data de inauguração e o nome do abrigo e em uma placa, também de bronze, que ficava junto ao sino, estava o nome dos conquistadores e a data da façanha (Antônio Teixeira de Souza e João Teixeira de Souza em 12 de agosto de 1940). Todo corajoso que conseguisse vencer os 620 degraus até o topo deveria tocar o sino e assinar o livro.
O abrigo sofreu 2 atos de vandalismo. No primeiro, atearam fogo nas camas e jogaram o sino do alto da Pedra. O Sr. Villares restaurou todo o abrigo e o sino.
No segundo ato de vandalismo, o abrigo foi totalmente destruído. Atearam fogo em tudo e o Sr. Villares desistiu de reconstruir o abrigo, tendo em vista os inúmeros atos de vandalismo. Hoje em dia restam apenas os alicerces da casa.


Com o intuito de manter uma estrutura mínima de organização no acesso ao Monumento Natural Estadual da Pedra do Baú , a Prefeitura de São Bento do Sapucaí, a Fundação Florestal e os Conselheiros da Unidade divulgam as medidas tomadas:
1. fechamento do acesso a veículos a partir da entrada da Fundação Pedra do Baú – km 3,4
2. área de estacionamento liberada para veículos na Fundação Pedra do Baú – km 3,4
3. base operacional com atendimento de monitores, durante os finais de semana e feriados, das 8h às 17h – km 3,4
4. acesso ao topo da Pedra do Baú recomendado até às 14h somente.
5. acesso ao Complexo Pedra do Baú a partir do estacionamento somente por caminhada – 1.200m. Recomenda-se água, roupas e calçados adequados. O trajeto é por estrada de “chão batido” com subidas consideráveis.
6. instalação de placas informativas ao longo do caminho.
7. a subida ao topo da Pedra do Baú é relativamente longa e é feita em degraus metálicos fixados à rocha (via ferrata), com trechos verticais de grande exposição. Recomenda-se a contratação de monitores para a subida.
8. não há disponibilizados sanitários.
Estas ações tiveram início no dia 20/12/14.
Trilha de Nível: Alto
Extensão: 10 Km (Ida e Volta) - paredes de aproximadamente 400 metros - +ou- 600 degraus
Perfil Altitudinal: 1.628/1.950 metros
Percurso: +ou- 5 horas
Piso da Trilha: Escarpas e escadas metálicas
Características Ambientais: Florestas de Araucárias, Bosques de Pinheiros e Campos de Altitude
Atrativos desta Trilha: Escalada em Via Ferrata,grande variedade de flores, frutos e pássaros, caracterizando um bonito e florido ambiente serrano de paisagem cênica, bem como uma adrenalina inigualável.
O QUE LEVAR
- Roupas para atividades na natureza – camiseta, agasalho, impermeável (jaqueta de montanha ou capa de chuva), calça (não usar jeans), calçado para caminhada em trilha, luvas com aderência e gorro para os dias frios
- Máquina fotográfica ou celular para registrar fotos que terão que estar amarrados na mochila para não caírem da pedra
Valores:
1 – para veículos de pequeno porte (ciclomotor, motoneta, motocicletas, triciclo, quadriciclo, automóveis): R$ 10,00 (dez reais);
2 – para veículos de carga e mistos (caminhonete, caminhoneta, utilitários): R$ 10,00 (dez reais);
3 – para veículos coletivos, de excursão (Vans, Kombis e similares): R$ 100,00 (cem reais);
4 – para microônibus acima de 16 lugares: R$ 200,00 (duzentos reais);
É terminantemente proibida a entrada de Ônibus e Caminhões com PBT acima de 17 toneladas nesta estrada.
A entrada de caminhões privados só será permitida em dias úteis.
Para mais informações sobre a Taxa de Preservação e Compensação Ambiental, consulte a Lei 1705, no site: Lei 1705
Essa Unidade de Conservação está em fase de implantação, portanto a infraestrutura oferecida ainda não atenderá todas as necessidades dos visitantes. Deixamos registrado que todas as instituições envolvidas na gestão estão trabalhando de acordo com os procedimentos legais, e tem procurado fazer com que as ações sejam efetivadas no menor tempo e da melhor forma possível.